Montagem no Teatro Sylvio Monteiro traz histórias de migrantes do Norte e Nordeste, como símbolo da realidade do Brasil e da busca de sentido, através da vida circense
A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe o espetáculo Tudo que eu (não) vivi – um anticirco-teatro documental, no Teatro Sylvio Monteiro,em Nova Iguaçu, no dia 31 de outubro. A peça traz histórias de retirantes das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O espetáculo, apoiado pelo Programa Funarte Aberta, propõe uma reflexão sobre o sentido da vida e a realidade do país, a partir da vivência no circo.
Circenses mambembes buscam realizar sonhos
O enredo traz três rapazes, que saíram do Norte e do Nordeste do Brasil tentando a vida como artistas de circo mambembe. “Eles se conhecem em um quarto precário, em uma pensão na dita Cidade Maravilhosa. Ali já mora uma mulher, cujos medos, sonhos e paixões eles não conhecem – assim como suas mães, avós e irmãs, que ficaram para trás. Ela também está na busca de um futuro melhor, mergulhada em sua própria jornada. A encenação mescla técnicas de teatro, circo e performance e cinema.
Os personagens trazem seus medos, sonhos, paixões e a insegurança de pisar num território desconhecido: Assis sonha em ser poeta na Cidade Maravilhosa; Juliano, busca se formar em medicina e concretizar suas utopias; Zé Palmares, cujo objetivo é mudar sua história e melhorar de vida; e a moça que, no morro, chamam de Maria, que às vezes não tem nome, apenas alguns apelidos — “a que foi, mas também ficou”, e que ficou só. “De modo, ora inusitado ora cotidiano, eles contam como fizeram – e fazem –, para não deixar de viver e continuar a sonhar”, descreve a sinopse.
Mistura de estilos e ressignificação de narrativas
“Tudo que eu (não) vivi reúne histórias reinventadas. Mistura crônica, ensaio, autobiografia, ficção e memória para construir uma narrativa fragmentada, onde se entrelaçam as histórias dos migrantes. O mosaico de lembranças, cenas e reflexões do dia a dia convida o espectador a perder-se nos labirintos das cidades e das memórias, em uma imersão poético-política, em uma verdadeira cartografia, questionando as fronteiras entre realidade e ficção. Dar novos significados a narrativas sociais e pessoais brasileiras, abordando questões raciais e de gênero, classe, trabalho, migrações e pertencimento é a proposta central”, dizem Jean Fontes, idealizador da peça e seu coautor – ao lado de Priscila Raibott –, além de ator do elenco; e o diretor, Wellington Júnior.
A apresentação ocorre na sexta-feira (31) às 19h.
A peça também conduz uma pesquisa de linguagem, que relaciona os modos de vida dos artistas circenses e mambembes a trabalhadores inferiorizados e marginalizados pela sociedade. Assim, fica estabelecida uma metáfora, mensagem figurada, sobre o sentido da existência, a partir da vida circense.
O projeto é apresentado pelo Governo Federal/Ministério da Cultura e Governo do Estado do Rio de Janeiro/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
Sinopse: Tudo que eu (não) vivi’ – um anticirco-teatro documental traz histórias de migrantes brasileiros, como símbolo da realidade do país e da busca de sentido, através da vida circense. Se você precisasse sair agora e precisasse levar apenas o essencial, nas mãos, o que você levaria? O enredo traz três rapazes, que saíram do Norte e do Nordeste, tentando a vida como artistas de circo mambembe. Eles se conhecem em um quarto precário, em uma pensão na dita Cidade Maravilhosa. Na casa mora uma mulher, cujos medos, sonhos e paixões eles não conhecem – assim como suas mães, avós e irmãs, que ficaram para trás. Ela também está na busca de um futuro melhor, mergulhada em sua própria jornada. Todos trazem seus medos, sonhos, paixões; e os migrantes, a insegurança de pisar num território desconhecido: Assis sonha em ser poeta na Cidade Maravilhosa; Juliano, busca se formar em medicina e concretizar suas utopias; Zé Palmares, cujo objetivo é mudar sua história e melhorar de vida; e a moça que, no morro, chamam de Maria, que às vezes não tem nome, apenas alguns apelidos — “a que foi, mas também ficou”, e que ficou só. De modo, ora inusitado ora cotidiano, eles contam como fizeram – e fazem –, para não deixar de viver e continuar a sonhar.
Serviço
Circo-teatro
Espetáculo “Tudo que eu (não) vivi”
31 de outubro de 2025 (Sexta-feira) às 19h
Local: Teatro Sylvio Monteiro – Casa de Cultura Nova Iguaçu
Endereço: Rua Getúlio Vargas, 51, Centro – Nova Iguaçu – (RJ)
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: R$ 30 | (Meia-entrada: R$ 15 | Vendas no site Sympla, neste link, e na bilheteria.
Duração aproximada: 70 min
Ficha Técnica
Idealização: Jean Fontes | Dramaturgia: Priscilla Raibott e Jean Fontes | Direção: Wellington Júnior | Elenco: Jean Fontes, Gabriel Ribeiro, Letícia Queiroz e Ruan Viana | Orientador de corporalidade (dança afro): Cleiton Sobreira | Figurino e cenografia: Yan Calixto | Assistente de cenário e figurino: Daniel Furtado | Trilha sonora: Michel Nascimento e Alysson Alves | Mixagem: Michel Nascimento | Desenho da luz: Kaylan Werneck e Wellington Júnior | Fotografias: Rafael Moura | Programação visual: Gueu Ramos | “Social Media”: João França | Assessoria de imprensa: Angélica Zago | Produção: O Cirquinho
Apoio: Programa Funarte Aberta















